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Criações

Cada obra do CIDA nasce do atrito: entre corpos e normas, entre ausência e linguagem, entre presença e dissidência. Nossas criações investigam temas como estigmatização, desumanização e invisibilidade — não como pauta, mas como ponto de partida para a invenção de novas formas.

Partimos de metodologias próprias como a Dança-Tragédia, a Composição em Tempo Real e as Práticas Performativas na Dança, combinadas com processos colaborativos entre artistas com e sem deficiência. Em vez de adaptar a cena à acessibilidade, fazemos da acessibilidade um componente estrutural da cena — forma, ritmo, narrativa, estética.

Nosso trabalho habita o campo da dança contemporânea em tensão com o teatro, a literatura e o som. O que atravessa todas as obras não é um estilo, mas uma urgência: a de produzir linguagem a partir de corpos diversos, em contextos que historicamente os negaram.

As obras que você verá abaixo não propõem respostas. São perguntas coreografadas, onde cada gesto é também um posicionamento.

Insanos e Beija-Flores a Dois Metro do Chão
Reino dos Bichos e Dos Animais, Esse é o Meu Nome
Corpos Turvos

A Trilogia em Dança-Tragédia, criada pelo coreógrafo e pesquisador René Loui, tem início em 2019 durante uma residência investigativa na Odisha Biennale, na Índia. Desde então, desdobra-se como um percurso de criação coreográfica e política que articula dança, dramaturgia e acessibilidade como camadas indissociáveis de linguagem. Com interlocução dramatúrgica da pesquisadora Jussara Belchior, a trilogia é composta por três obras interligadas que tensionam os limites entre cena e ruína, corpo e colapso, memória e insurreição.

Reunindo um elenco pluriétnico de intérpretes-criadores — Ana Cláudia Viana, Jânia Santos, Marconi Araújo, Pablo Vieira, René Loui e Rozeane Oliveira — que são referências na cena contemporânea do Rio Grande do Norte, a trilogia assume a acessibilidade comunicacional não como recurso externo, mas como camada estética integrada à composição.

As montagens dos três espetáculos acessíveis foram contempladas por importantes reconhecimentos nacionais, como o Prêmio Funarte Acessibilidança 2021, o Prêmio Sesc de Artes Cênicas 2022 e o Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022.

Maré
Eufêmea
Etéreo

Antes e além da Trilogia, o CIDA desenvolveu obras que foram sementes daquilo que hoje reconhecemos como linguagem. Cada uma delas marcou um ponto de inflexão: experimentações com a acessibilidade não como tradução, mas como estética; o luto como camada dramatúrgica; investigações em composição ao vivo; relações entre espectador e obra; dramaturgia do corpo; ocupação de espaços não convencionais; e criação movida pela urgência, não pelo conforto.

 

Essas peças foram territórios de risco e descoberta. Nelas testamos metodologias, reconfiguramos relações de cena e construímos modos de fazer que não pedem permissão para existir. São obras que ajudam a traçar um percurso — não linear, mas pulsante, feito de lacunas, desvios e insistências.

COLETIVO CIDA E CASA TOMADA PRODUÇÕES 41.907.888/0001-28

Avenida João Ferreira de Melo, 05, Capim Macio, Natal - Rio Grande do Norte, Brasil
coletivocida@gmail.com

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