Festival Casa Tomada
Idealizado por René Loui e Arthur Moura, o Festival Casa Tomada é uma iniciativa do Coletivo CIDA e da Casa Tomada – Ambiente de Arte, consolidado como plataforma de criação, formação e articulação de artistas e públicos em torno das práticas contemporâneas nas artes. Criado em 2016, nasceu como Mostra Casa Tomada, com foco em dança contemporânea, e ao longo dos anos ampliou seu escopo, incorporando novas linguagens e expandindo seu impacto.
A partir de 2021, com o amadurecimento institucional do Coletivo CIDA, o projeto assumiu formalmente o formato de festival multilinguagem, com curadoria voltada à intersecção entre corpo, política, acessibilidade e experimentações híbridas. A edição de estreia nesse novo ciclo aconteceu de forma virtual, com cinco dias de programação acessível que incluíram residências, mostras, rodas de conversa e oficinas. A participação de artistas de diferentes regiões evidenciou o festival como espaço de troca crítica mesmo em contexto de distanciamento.
Em 2024, o festival consolidou sua dimensão presencial e internacional. Realizado no Teatro Alberto Maranhão (Natal/RN), reuniu artistas das artes cênicas, visuais e audiovisuais em três dias de programação intensa, atravessada pelo tema Práticas Plurais e Hibridismos. A curadoria destacou a transversalidade entre dança, teatro, cinema e performance, valorizando corpos dissidentes, modos de criação coletivos e práticas que desafiam a norma.
Desde sua origem, o Festival Casa Tomada reafirma seu compromisso com a acessibilidade, a formação crítica, a descentralização das artes e a valorização de artistas de territórios historicamente marginalizados. Todas as edições oferecem recursos de acessibilidade comunicacional (LIBRAS e audiodescrição), ações formativas gratuitas e seleção de propostas alinhadas a perspectivas plurais, interseccionais e antinormativas.
Hoje, o festival se consolida como um projeto de artes híbridas que responde às urgências contemporâneas com inovação estética, radicalidade política e articulação em rede. Mais que um evento, é um território de presença, experimentação e transformação. Suas próximas edições visam ampliar o alcance territorial, fortalecer redes e consolidar o Casa Tomada como um dos principais festivais de arte contemporânea do Nordeste brasileiro.