
René Loui
Direção Artística e de Acessibilidade do Coletivo CIDA
Endereço
Avenida João Ferreira de Melo, 05, Bairro Capim Macio, Natal/RN - Brasil
Data de nascimento
17 de janeiro de 1991
Site
Sobre René
René Loui, nascido em Juiz de Fora (MG) em 1991 e residente em Natal (RN), é artista transdisciplinar, produtor, pesquisador e docente. Sua atuação percorre dança, teatro, performance, literatura, fotografia e audiovisual. Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2020) e bacharel em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2013), é docente da Licenciatura em Dança da UFRN, onde desenvolve pesquisas em processos de criação, pedagogias críticas e acessibilidade como linguagem estética e política, com base em epistemologias do corpo, estudos da deficiência, poéticas do dissenso e pedagogias decoloniais.
Cofundador e diretor artístico do Coletivo CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas, coordena a linguagem da Dança-Tragédia, metodologia autoral que investiga estigmatização, desumanização e invisibilidade a partir de corpos dissidentes. Com o CIDA, criou 10 obras cênicas, participou de 11 residências artísticas nacionais e internacionais, publicou um livro-dança acessível em múltiplos formatos e circulou por mais de 20 estados brasileiros e por países como Equador, Argentina, Chile, Portugal, França, Suíça e Índia.
Sua trajetória inclui passagens por companhias referência em dança inclusiva, como a Ekilibrio Cia de Dança (Juiz de Fora/MG) e a Cia. Giradança (Natal/RN), consolidando uma prática baseada na composição em tempo real, na criação coletiva e na radicalidade da diferença. É também idealizador da Casa Tomada, sede do Coletivo CIDA e espaço de residência, formação e experimentação para artistas independentes, e desde 2017 coordena a curadoria do Festival Casa Tomada, dedicado a práticas plurais e hibridismos em artes do corpo, acessibilidade e presença.
Seu trabalho foi reconhecido por mais de 40 premiações, editais e convites, incluindo o Prêmio Funarte Acessibilidança (2020/2021), Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro (2022), Prêmio Sesc de Artes Cênicas (2022), Bolsa Funarte Brasil–França (2025), Edital Carne Fresca (2013), Klaus Vianna (2015), Conexão Brasil Intercâmbios (2014/2015) e Overseas Culture Interchange (2016/2018). Foi o único artista brasileiro selecionado para a Odisha Biennale (Índia, 2019), integrou a delegação oficial do MICA – Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (2023) e participou do MICSUR – Mercado das Indústrias Culturais do Sul (2024) como companhia convidada da OEI – Organização dos Estados Ibero-Americanos.
É autor do livro acessível "Dança – Residências Artísticas e Composição em Tempo Real", fruto de sua pesquisa de mestrado com patrocínio do Itaú Cultural e SEBRAE. Atualmente, desenvolve sua nova obra literária, "Dança-Tragédia", que sistematiza a metodologia criada ao longo da trilogia de espetáculos: "Corpos Turvos" (Prêmio Funarte Dança Acessível 2021), "Reino dos Bichos e dos Animais, Esse é o Meu Nome" (Prêmio Sesc de Artes Cênicas 2022) e "Insanos e Beija-Flores a Dois Metros do Chão" (Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro 2022). A trilogia teve temporadas em espaços como o Sesc Copacabana (RJ), Sesc Santo Amaro (SP) e o Cine Theatro Central (MG). Em 2024, abriu a Mostra Internacional de Dança de São Paulo, a convite do Itaú Cultural, com o espetáculo "Corpos Turvos", e dirigiu a IX edição do Festival Casa Tomada.
Atualmente, desenvolve a residência internacional “Vigil Torporosa – As danças que não dancei para minha mãe”, realizada em Paris com apoio da Bolsa Funarte Brasil–França (2025), que culminará no novo espetáculo do Coletivo CIDA. Sua trajetória reafirma a acessibilidade como linguagem e a arte como forma de enfrentamento.